O meu corpo possui estradas
Caminhos que naveguei.
Todas as rotas traçadas
Entre curvas montanhosas,
Terras voluptuosas,
Na pele demonstram o experimento mágico
Que meus ancestrais viveram.
Os Puris, pretos, ciganas,
Os tios, avós e primos
Todos eles desenham meu corpo
Guiando com ele os passos
Para cada vida calçada.
Meu corpo possui buracos
Onde a fundo naufraguei,
E no meu mundo-abismo encontrei
sementes de gérmen-sonho
Verdadeiras minas de ouro,
caminhos de prosperidade, suponho.
Qualquer pessoa que saiba ler mapas
Ao ler meu corpo
Estará rico.